quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Dança com Espadas - Raks al Saif




Dizem que a dança da espada surgiu como uma forma simbólica de libertação das mulheres, que em diversos contextos históricos, foram subjugadas pelos homens. Assim, elas começaram a dançar com estas armas de guerra, símbolos da violência e do poder com movimentos sinuosos, delicados e com equilíbrio, mostrando total controle do objeto.
A Dança com Espadas  exige habilidade da bailarina. É executada com uma espada desenvolvida para dança, sem corte. A manipulação desse objeto encantador representa força, poder e equilíbrio, que acontecem de maneira sensual e extremamente feminina.
A bailarina pode usar a espada para fazer poses ou equilibrá-la na cabeça, mãos, cintura, abdômen, ombro, coxa, pés e onde mais a sua imaginação deixar. É utilizada em músicas lentas, por isso, é comum ver oitos, redondos e outros movimentos sinuosos como os camelos e ondulações durante a apresentação. Porém, é comum ser usada em danças de chão e em derbakes, com shimis e marcações. Nos deslocamentos, é usada principalmente com giros.

– Origens –


A origem é nebulosa mas esta conectada ao Egito, a Turquia e a Índia, principalmente entre as tradições beduínas onde as mulheres têm participação nas batalhas. 

- Curiosidades -

Dentro da ritualística do Zaar, entre as tribos do deserto, as mulheres utilizam espadas para maldizer os espíritos masculinos que lhe tenham feito algum mal, funciona como uma ferramenta de purificação.

Também nas regiões afastadas do Golfo Pérsico, a espada é utilizada juntamente com um Daff para retratar as dificuldades da guerra. 

- Lendas - 



  Uma lenda conta que havia um tempo na história egípcia em que as dançarinas eram vendidas como escravas nas cortes ou como propriedades dos ricos. Costumavam dançar com espadas em batalhas.Não sumulavam lutas nem disputar, mas delicadamente equilibravam a espada na cabeça dançando destemidas, expressando-se livremente debaixo da espada. Você controla minha vida, segure a espada sobre minha cabeça, mas não controle meu espírito."   

  Outra versão, indica que a dança é uma homenagem à deusa egípcia Neit, considerada protetora, caçadora, guerreira e que abria caminhos. Outras afirmam que as mulheres tomavam as espadas dos guerreiros e guardas no final da guerra e equilibravam no seu corpo para demonstrar que eram melhores como acessórios do que como armas.

  Há também quem diga que elas dançavam assim como uma espécie de agradecimento ou celebração da vitória na guerra. Neste sentido, a dança reflete a luta dos árabes pela terra. Por fim, outra lenda conta que elas precisavam demonstrar habilidades para seus reis. Independente da origem, esta da dança demonstra habilidade, técnica de dissociação perfeita e total controle do corpo – ou como propõe a primeira lenda, do espírito- da bailarina.


Até o próximo post!
Beijos


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