domingo, 30 de setembro de 2012

A música Árabe




A dança árabe é determinada pelo acompanhamento musical. Esta música nunca é simplesmente pano de fundo. É tarefa da bailarina expressar as emoções solicitadas pela música e durante improvisações destacar a qualidade do instrumento que sola, extraindo dele sua qualidade essencial, tudo através da dança. O termo música arábe é enganoso. Notas, ritmos, instrumentos e estilos de canto variam de país para país. Ainda assim, toda música árabe compartilha certas semelhanças. Uma delas é que dentro de sua estrutura formal, ela reteve do passado uma fortíssima qualidade na improvisação e em sua essência ela é altamente melódica.
Ao contrário da música ocidental, ela não desenvolveu o uso da harmonia. A razão básica é que harmonia depende de um sistema tonal fixo (um espaço invariável entre notas). Toda escala na música árabe tem certas posições fixas – tons e meios tons – como na música ocidental, mas entre eles existem notas sem lugar fixo e que caem em posições ligeiramente diferentes numa escala cada vez que são tocadas.
Na música árabe, uma única oitava pode conter algo entre 18 e 22 notas com intervalos tão pequenos quanto a nona parte de um tom. As únicas composições que podem incluir harmonias simples são aquelas aseadas na melodia e escala ocidental. É este tipo que ouvimos nas gravações orquestradas modernas.
Dentro do elaborado sistema de escalas da música árabe, os instrumentistas tem espaço para explorar a melodia, mais ou menos da mesma forma parecida que uma improvisação de jazz. Isto é feito utilizando a melodia e tecendo padrões complexos ao redor dela, do mesmo modo que a arte islâmica começa com um motivo central e ornamentos ao redor dele para construir os padrões arabescos.
O mais próximo que podemos chegar da antiga música árabe é o que vemos na estrutura formal Arabe-Andaluz, um estilo de Maghreb. Os mouros, termo europeu para designar os árabes e bérberes, ficaram na Espanha por 700 anos. Inicialmente conquistaram a Andaluzia, como eles a batizaram no início do século VIII e por algum tempo ela permaneceu não mais do que uma remota província do Império Islâmico em expansão. Ainda em tempo, a Andaluzia, que compreendia uma área maior do que a que conhecemos hoje por este nome, se tornou o maior canal da civilização islâmica para o Ocidente. Nos idos de 750 a dinastia de Umayyad foi expulsa de Damasco e se estabeleceu na Andaluzia. A apaixonante cultura Ummayyad trouxe a música tradicional da Arabia Oriental para Espanha, onde mais tarde foi modificada pelas influências gregas e se tornou a música Árabe-Andaluz que estabeleceu suas raízes no Norte da África.
Em 1822 o músico Zuyab chegou na Espanha da Corte Abassid de Bagdá, trazendo com ele formas musicais persas que tinham sobrevivido na Andaluzia e ainda hoje permanecem no flamenco. O primeiro conservatório de música foi fundado no século XII em Córdoba, naquele tempo um dos centros culturais mais celebrados da Europa. Até aquele momento, a maioria dos habitantes da Andaluzia falavam árabe e tinham adotado a fé do Islamismo. A dominação islâmica da Espanha durou até o século XV quando a unidade do califado se enfraqueceu e aconteceram divisões étnicas e tribais, expulsando os muçulmanos da Europa em 1492.
A penetração múltipla de estilos artísticos na Espanha Mourisca deixou mais do que uma esplendida arquitetura.
No sentimento, o ritmo do cantar, a música da Espanha é mais árabe do que européia. Flamenco é uma mistura de elementos mouriscos, andaluzes e ciganos, e sua forma mais antiga é especialmente árabe no sabor com ritmos separados por leves pausas. Esta é uma característica tanto das canções quanto das composições instrumentais.
O principal instrumento do flamenco, a guitarra (violão), se desenvolveu a partir do alaúde, o clássico instrumento da música árabe. O alaúde, que provê tanto a melodia quanto o ritmo, é o protótipo no qual a teoria da música árabe é baseada. Ele é cavado um único bloco de madeira. Através da Espanha Mourisca, o alaúde encontrou seu caminha para o resto da Europa, mais tarde se transformando na guitarra dos dias de hoje.
Para examinar a música de todos os países árabes levaria o tempo e o tamanho de um livro. Aqui estão apenas algumas informações sobre o estilo da música oriental, exemplificadas pela música egípcia, a qual tem absorvido a maioria das mudanças ao longo do anos e é a mais ligada com os solos usados na dança feminina.
A música oriental inclui muitas tradições desde Iraque até Egito. É difícil fazer a distinção entre música clássica e popular. A música clássica é um refinamento da tradição folclórica. A música menos sofisticada, ou folclórica, do Norte da África e também do Oriente Médio é aquela que acompanha a danças tradicionais tais como a marroquina "chikhat" ou a egípcia "ghawazee".
Quando mulheres se reunem informalmente para se divertir, elas produzem músicas cantadas batendo palmas e usando instrumentos de percussão como bendir e seu equivalente no Oriente Médio, daff.
Contra tempos são tocados, usando diferentes tipos de palmas, as mãos como conchas produzem som opaco, enquanto bater as pontas dos dedos contra as palmas resulta num som claro e agudo. Essa riqueza e elaboração na forma de bater palmas é uma característica especial da música do Norte da África. O único tambor tocado com bastões, ao invés das mãos é o "tabel baladi" um enorme tambor de duas faces que é pendurado por uma tira em volta do pescoço do músico. Seu som profundo e pesado, faz dele um instrumento popular para todas as celebrações que envolvem procissões, tais como casamentos e cerimônias religiosas.
Os instrumentos rítmicos de música oriental tanto folclórica quanto clássica são o derbak (darbuka na África) e o tabla (no Egito). Este instrumento parecido com o pandeiro ou pequenos tambores do Brasil, produz sonoridade intensa e nas mãos de um músico habilidoso, os mais sutis embelezamentos na música.
A música oriental moderna tem sido influenciada de diversas formas pelo Ocidente, formas que às vezes são bem-vindas, e as vezes não. No Yemen, músicos que tocam canções ou melodias tradicionais são respeitados enquanto outros que utilizam um estilo ocidental são tratados com desprezo. Contrariamente no Egito e Líbano música ocidental tem sido aceita pela diversidade que oferece. A influência ocidental na música egípcia deriva das tentativas no final do século XIX para modernizar o país e do impacto posterior da mídia. Este impacto foi concentrado nas grandes cidades.
Do final do século XIX para frente, novas escalas melódicas padrões métricos e tipos de composição foram absorvidos dentro da música no Egito, enquanto o tipo de instrumentos usados numa orquestra mudavam e cresciam em variedade. O "tabla" originalmente um instrumento "baladi" se tornou proeminente nas orquestras apenas depois de I Grande Guerra Mundial. O tradicional grupo de quatro ou cinco instrumentos cresceu para uma orquestração completa. O estilo europeu das bandas militares resultou na gradual adição dos metais, enquanto violino, orgão elétrico, acordeom e violoncelo gradualmente foram aceitos e se transformaram em parte de uma orquestra egípcia.
Quanto maior o número e a variedade dos instrumentos, mais fácil é criar uma rica sonoridade. Como as bandas cresceram de 5 a 6 componentes para as grandes orquestras de hoje, também a música ganhou uma textura mais rica, com instrumentos específicos ou grupos de instrumentos dominando certos trechos da música. Os percussionistas produziram uma ornamentação mais complexa nos ritmos, e uma música que no passado tinha sido principalmente improvisada se tornou mais estruturada.
Texto escrito por Lulu Sabongi


Em outubro haverá uma nova coluna no blog com enfoque musical na Dança do Ventre, caso tenham alguma sugestão, comentário, dúvida ou pedido, peço que enviem para carolinnemahin@gmail.com
Beijos  
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quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Azza Shariff - Rainha do Twist - Biografia




Não é encontrada muitas informações bibliografias referente Azza Shariff, então, deixando sua história de lado vamos para os pontos técnicos desta diva.

Podemos dizer que Azza Sharif domina a execução de movimentos na ½ ponta alta, também chamada de “Rainha do Twist” devido a sua grande utilização deste passo. Dona de uma expressão única e engraçada, franzindo a testa, mas rindo ao mesmo tempo. Na minha opinião analisando ela com outras bailarina, posso dizer que ele é a mais atual das antigas, pois  identifico nela muito do que as bailarinas utilizam hoje em questão de estilo.

Segue abaixo alguns videos desta bailarina:




Meninas, pretendo semanalmente fazer postagens sobre as divas da Dança do Ventre, caso tenham alguma sugestão, comentário, dúvida ou pedido, peço que enviem para carolinnemahin@gmail.com

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quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Maquiagem esfumaçada Preto, Rosa e Dourado!

Olá meninas!
Hoje é dia de maquiagem! Temos hoje um vídeo tutorial, ele está em inglês, mas a maquiagem é super fácil de fazer, mesmo que você não saiba nada de inglês .


Esta maquiagem da um efeito super bonito, no video é utilizado as cores: marrom, dourado, rosa e preto, mas como eu sempre digo "... use o que lhe agradar...".

Veja o video abaixo:


Beijos.

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terça-feira, 11 de setembro de 2012

Maquiagem Egípcia

Passo a Passo para Fazer uma Maquiagem Egípcia

Você deve começar sua maquiagem normalmente, corrigindo a pele com corretivo nas olheiras e pequenas imperfeições, base por todo o rosto e pó facial, para retirar o brilho excessivo da face.  Marque bem o contorno e desenho de sua sobrancelha, você pode usar um lápis para sobrancelha ou lápis comum para olhos.

Em seguida, você deve aplicar na pálpebra móvel (principalmente rente aos cílios superiores) uma tonalidade de azul mais escuro; no côncavo você deve aplicar uma tonalidade de azul um pouco mais claro que a primeira, e esfumar muito bem a região para mesclar as duas tonalidades; e para finalizar, aplique uma tonalidade de azul mais clara, até às sobrancelhas.

Com um delineador (ou lápis para olhos) você deve fazer um traço bem grosso contornando os olhos; nos cantos externos você deve seguir com os traços além do limite do olho, fazendo um “puxadinho” reto, tanto na pálpebra superior, quanto inferior, mas, sem os dois traços se encontrarem. Se o traço borrar, arrume com um cotonete umedecido com demaquilante. 

No final dos dois traços você deve uni-los com uma linha reta (formando uma espécie de retângulo), o final destes traços deve coincidir com o final da sobrancelha. Com um lápis preto para olhos, preencha toda a linha d’água inferior. Com um pincel fino, aplique sombra dourada preenchendo os traços do delineador (se você não tiver sombra dourada pode preencher com sombra preta, lápis preto para olhos ou delineador preto, como na imagem). E finalize os olhos aplicando três camadas de rímel preto nos cílios superiores e uma camada nos cílios inferiores.

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segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Dabke



Desde os tempos dos fenícios (cerca de 4.000 a.C.), antes de forros estáveis serem instalados nos lares Libaneses, os telhados planos eram feitos de galhos de árvores que eram tapados com barro.  Quando vinha a mudança de estação, especialmente o inverno, o barro rachava e começavam as goteiras e infiltrações, para que isso não ocorresse era necessário um conserto.
Como era um trabalho árduo, o proprietário da casa chamava seus vizinhos e juntos eles subiam no telhado e batiam o barro com os pés fazendo com que penetrasse em todas as frestas, a fim de evitar os vazamentos. Por ser um trabalho desgastante, eles tocavam Derbake e uma flauta Mijwiz para dar ânimo e assim podiam compactar os telhados de suas aldeias e das aldeias vizinhas, mesmo sob o frio e a chuva. Mais tarde, um rolo de pedra substituiu os homens que, no entanto, já acostumados, continuavam a bater os pés nas ruas da aldeia. Hoje o Dabke é performance em toda casa Libanesa. O Dabke anima a vida, quando amigos e parentes se juntam em volta do mezze Libanês com arak ou vinho e começam a praticar a dança.

A palavra dabke significa “bater o pé no chão”. É dançado no Líbano, Síria, Jordânia e Palestina. Pode ser feito só por homens, só por mulheres ou por ambos, dependendo da tradição local. É feito em filas que podem se quebrar em formações. Os dançarinos podem dar as mãos ou colocá-las no quadril, com os cotovelos para fora. O líder é quem determina os passos da dança, guiando da ponta da fila girando seu lenço branco no tempo da batida. Quando os outros dançarinos estão acompanhando devidamente, ele começa a enfeitar o passo que acabou de criar com pulos, giros e viradas em que for hábil. Ele pode sair da fila e se mover nela para fazer passos sozinho ou desafiar os outros a dançarem sozinhos. O líder fica na ponta direita da fila, mas há pelo menos uma exceção notável, que é a “hora/debka” israelita, onde o líder fica na ponta esquerda da fila e esta move na direção oposta. Os movimentos dos dançarinos variam de uma pisada à frente a um passo contínuo simples, dobrar o joelho várias vezes, uma combinação de pulo e chute e o batimento ritmado com o pé. Há também pulos, saltos e movimentos trabalhados com os pés. O líder pode rodar um guardanapo ou lencinho. O sentimento (sensação) da dança é ditado pelos músicos – particularmente o flautista tocando o Nai – e pelo RAS (líder). A vantagem da flauta na dança é que aquele que a toca também pode participar. Às vezes seu toque parece levar os dançarinos a um transe onde eles andam arrastando e sacudindo por muito tempo sem mudar o passo. Outras vezes ele pode incentivar pulos e gritos até a exaustão. Essa dança é realizada por grupos profissionais em apresentações e também por pessoas comuns em casamentos e festas. É gostosa de dançar e linda de assistir. Há semelhanças com outras danças, como o Hasapiko rápido grego (não o Vari Hasapiko), Macedonian Oro, Bulgarian Horo, que são todos baseados no mesmo padrão passo-passo-passo-chute-passo-chute. Ás vezes é dançado com um bastão, mas que não tem nenhuma relação com o Tahtib ou dança da bengala  (Saidi). Conta-se que quando um galho reto de oliva é encontrado é considerado sinal de boa sorte. O ramo pode ser retirado da árvore e esculpido em forma de uma bengala sem gancho, geralmente em espiral. Então ele é levado durante a dança e pode ser balançado ou segurado no alto símbolizando boa sorte.

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Meleah laff


 

A Dança do Véu Enrolado (Meleah Laff) tem sua origem no Egito- Cairo. Até o ano de 1950 ainda era possível ver muitas das mulheres passeando no mercado central do Cairo. Hoje em dia, já não as encontramos mais. É uma dança muito simples, na qual a bailarina possui um tecido preto grande, o Melaya ou Meleah (véu) Laff ou Leaf (enrolado), por isso o nome da dança. É dançada por várias mulheres ao mesmo tempo e elas vão enrolando e desenrolando o véu como uma brincadeira. Utilizam vestidos curtos e tamancos, e tem um ar irreverente, podem rir, mascar chicletes e cantar. Dança de projeção folclórica criado por Mahmoud Reda, que com o passar dos anos acabou sendo incorporada na veia folclórica. 

Origem:

Para entendermos esta dança precisamos falar um pouco do Cairo e Alexandria. São as duas principais cidades do Egito em termos de difusão cultural.

*Cairo - dominada pelo rio e pelo deserto, porta de entrada dos viajantes europeus - abrigaria o árabe, islâmico, sério, internacional e intelectual 
*Alexandria – dominada pelo vento e pelo mar, capital de verão – o apreciador levantino, cosmopolita, sinuoso e volúvel. 

Essa observação à primeira vista inútil, porém de alto valor didático aos interessados, ajuda-nos a entender a influência de fatores geográficos e culturais, tornando possível a identificação de dois estilos distintos de manifestação popular na dança. 

Na década de 40 a cidade de Alexandria era a capital de veraneio do Egito. Turistas eram atraídos pelas praias e balneários elegantes. Nessa época o meleah (lenço preto) estava na moda e compunha o vestuário das mulheres. O clima quente obrigava-as a usarem vestidos leves e o lenço preto deveria protegê-las de olhares maliciosos. Ao dançar elas o utilizavam como um instrumento de brincadeira e de charme, por isto a tradicional brincadeira do “esconde e mostra”. Isso é bastante universal, fácil de entender porque estas moças chamavam a atenção, afinal em todo o mundo os homens são fascinados pela maneira como a mulher se veste para sair às ruas. Quando a moça passa por um grupo de rapazes, mesmo discretamente, recebe olhares curiosos por muitos motivos. 

A dança com o meleah, criada e transportada para o palco obedece à realidade do cotidiano e afirma-se: Meleah Laff do Cairo, Meleah Laff da Alexandria. 

Ahmed Fekry, coreógrafo egípcio e professor extraordinário explica a importância da personalidade das mulheres destas cidades no momento de montar um número de Meleah Laff. Em sua exposição afirmou que as moças de Alexandria são conhecidas e admiradas em todo o país pela beleza, charme e força. Independentes, costumam “andar” sozinhas devido à ausência prolongada dos homens locais por motivos de trabalho, portanto devem se defender dos turistas que invadem suas praias em busca de diversão. Segundo esse relato é comum o homem atrevido receber golpes de tamanco da bela, caso a moça se ofenda com um gracejo masculino inconveniente

Por isso o Meleah da Alexandria é mais discreto e o lenço trabalhado cuidadosamente. As músicas apresentam um momento especial para a dança masculina de Port Said (espécie de disputa com punhais afim de demonstrar virilidade e habilidade marcial) e as letras falam do mar, construindo assim um retrato da vida dessas pessoas. Colocada no palco pela primeira vez pelo coreógrafo Mahmmoud Reda na década de 60 , apresentava essa fórmula: a interação das pessoas com o mar (representado fisicamente por um longo véu) e o flerte sutil dos grupos masculinos e femininos. As bailarinas deixavam o palco para soltar o meleah retornando rapidamente enquanto os moços exibiam suas armas. 

Agora, vamos ao Cairo de Said e Fekry: moderna, agitada, das mulheres mais liberais que frequentam o mercado de Khan el Khalili. Salvo qualquer anacronismo, entenda-se: estamos lidando com adaptações para o showbiz. 
Fekry define essa dança como engraçada e fanfarrona; a mulher é debochada. A música é um hit parade, os sucessos que fervem nos nightclubs e nas ruas. O pop baladi, se podemos chamá-lo assim.
É comum as bailarinas girarem o meleah no ar, rodar as pontas alternadamente, amarrá-lo no quadril como as mulheres locais e até mesmo jogá-lo de lado, afinal não há preocupação em exibir o corpo nesse contexto. 

Portanto o Meleah laff, é uma dança que obedece à linguagem delicada do flerte e códigos mais que especiais.





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terça-feira, 4 de setembro de 2012

O Ventre, a Dança e a Deusa.




A Dança do Ventre é uma dança do Período Matriarcal, Sua origem data entre 7.000 e 5.000 a.C, onde teve passagem pelo Antigo Egito, Suméria, Babilônia, Mesopotâmia, Índia, Pérsia e Grécia, estes eram praticados como rituais sagrados em honra das divindades femininas, homenageando a Grande Deusa Mãe. As mulheres dançavam ao redor do fogo, venerando a natureza, a Terra, a Lua; elas se ofertavam como filhas a serviço de sua Deusa, e procuravam receber a força da Grande Mãe.

 Esta prática milenar, era usada pelas mulheres desde os primórdios da civilização, como preparação pra o parto, celebração das colheitas e culto à Deusa. Esses rituais sagrados tinham caráter religioso e de extrema importância para a mulher, que não disponibilizava da tecnologia e recursos atuais. Nos tempos antigos não existia antibióticos, nem cesariana, nem nenhum tipo de recurso atual usados para o parto ou qualquer problema decorrente dele. A Dança do Ventre como culto à Deusa era a única fonte que trazia a força e o preparo necessários para a mulher, tanto físico quanto psicológico.

Embora atualmente tenha se perdido parte deste caráter, ainda permanece a essência, onde os movimentos estão ligados a uma série de símbolos como por exemplo o arquétipo da serpente e seu simbolismo da morte e renascimento, aos movimentos dos quadris com sua enorme possibilidade de ritmos, sintonizados com a pulsação que emana da terra, a interação com os elementos naturais através de movimentos simbólicos e ativação dos chakras.

 Apesar da dança não ter seu desenho original, pois recebeu a contribuição de várias culturas, o principal fio condutor da dança do ventre continua sendo a celebração da vida através do ventre, matriz do poder máximo da criação e microcosmo do corpo feminino maior, a Terra, nossa grande mãe, que nos alimenta e a partir da qual todos nós somos criados.

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