Desde os tempos dos fenícios (cerca de 4.000 a.C.),
antes de forros estáveis serem instalados nos lares Libaneses, os telhados
planos eram feitos de galhos de árvores que eram tapados com barro.
Quando vinha a mudança de estação, especialmente o inverno, o barro
rachava e começavam as goteiras e infiltrações, para que isso não ocorresse era
necessário um conserto.
Como era um trabalho árduo, o proprietário da casa
chamava seus vizinhos e juntos eles subiam no telhado e batiam o barro com os
pés fazendo com que penetrasse em todas as frestas, a fim de evitar os vazamentos.
Por ser um trabalho desgastante, eles tocavam Derbake e uma flauta Mijwiz para
dar ânimo e assim podiam compactar os telhados de suas aldeias e das aldeias
vizinhas, mesmo sob o frio e a chuva. Mais tarde, um rolo de pedra substituiu
os homens que, no entanto, já acostumados, continuavam a bater os pés nas ruas
da aldeia. Hoje o Dabke é performance em toda casa Libanesa. O Dabke anima a
vida, quando amigos e parentes se juntam em volta do mezze Libanês com arak ou
vinho e começam a praticar a dança.
A palavra dabke
significa “bater o pé no chão”. É dançado no Líbano, Síria, Jordânia e
Palestina. Pode ser feito só por homens, só por mulheres ou por ambos,
dependendo da tradição local. É feito em filas que podem se quebrar em
formações. Os dançarinos podem dar as mãos ou colocá-las no quadril, com os
cotovelos para fora. O líder é quem determina os passos da dança, guiando da
ponta da fila girando seu lenço branco no tempo da batida. Quando os outros
dançarinos estão acompanhando devidamente, ele começa a enfeitar o passo que
acabou de criar com pulos, giros e viradas em que for hábil. Ele pode sair da
fila e se mover nela para fazer passos sozinho ou desafiar os outros a dançarem
sozinhos. O líder fica na ponta direita da fila, mas há pelo menos uma exceção
notável, que é a “hora/debka” israelita, onde o líder fica na ponta esquerda da
fila e esta move na direção oposta. Os movimentos dos dançarinos variam de uma
pisada à frente a um passo contínuo simples, dobrar o joelho várias vezes, uma
combinação de pulo e chute e o batimento ritmado com o pé. Há também pulos,
saltos e movimentos trabalhados com os pés. O líder pode rodar um guardanapo ou
lencinho. O sentimento (sensação) da dança é ditado pelos músicos –
particularmente o flautista tocando o Nai – e pelo RAS (líder). A vantagem da
flauta na dança é que aquele que a toca também pode participar. Às vezes seu
toque parece levar os dançarinos a um transe onde eles andam arrastando e
sacudindo por muito tempo sem mudar o passo. Outras vezes ele pode incentivar
pulos e gritos até a exaustão. Essa dança é realizada por grupos profissionais
em apresentações e também por pessoas comuns em casamentos e festas. É gostosa
de dançar e linda de assistir. Há semelhanças com outras danças, como o
Hasapiko rápido grego (não o Vari Hasapiko), Macedonian Oro, Bulgarian Horo,
que são todos baseados no mesmo padrão passo-passo-passo-chute-passo-chute. Ás vezes é dançado com um bastão, mas que não tem
nenhuma relação com o Tahtib ou dança da bengala (Saidi). Conta-se que
quando um galho reto de oliva é encontrado é considerado sinal de boa sorte. O ramo pode ser
retirado da árvore e esculpido em forma de uma bengala sem gancho, geralmente
em espiral. Então ele é levado durante a dança e pode ser balançado ou segurado
no alto símbolizando boa sorte.
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