terça-feira, 14 de junho de 2011

A dança e seus estilos

Dançando unimos através da música: movimentos, expressão e sensualidade, transformando-os em sentimentos, mostrando nossa alma.

Etimologicamente, o termo é a tradução do inglês americano Bellydance, e do árabe Raqs Sharqi - literalmente Dança do Leste.

A Dança do Ventre é uma dança do Período Matriarcal, cujos movimentos revelam sensualidade, de modo que em sua forma primitiva era considerada um ritual sagrado. Sua origem data de 7.000 e 5.000 a.c
, relacionada aos cultos primitivos da Deusa-Mãe.
  Suas manifestações primitivas, cujos movimentos eram bem diferentes dos atualmente executados, tiveram passagem pelo Antigo Egito, Suméria, Babilônia, Mesopotâmia, Índia, Pérsia e Grécia, tendo como objetivo através ritos religiosos, o preparo de mulheres para se tornarem mães 


  Sua origem é controversa. É comum atribuir sua origem a rituais oferecidos em templos dedicados à deusa Ísis, no egito e Inanna, Suméria em agradecimento à fertilidade feminina, ao plantio, a chuvas, quais representavam fartura de alimentos para a região; com o objetivo de ensinar às mulheres os movimentos de contração do parto. Com o tempo, foi incorporada ao folclore árabe durante a invasão moura no país, na Idade Média. 

 Tecnicamente, seus movimentos são marcados pelas ondulações abdominais, de quadril e tronco isoladas ou combinadas, ondulações de braços e mãos, tremidos e batidas de quadril (shimmies), entre outros. Segundo a pesquisadora norte-americana Morroco, as ondulações abdominais consistem na imitação das contrações do parto: tribos do interior do Marrocos realizam ainda hoje, rituais de nascimento, em que as mulheres se reúnem em torno da parturiente com as mãos unidas, e cantando, realizam as ondulações abdominais a fim de estimular e apoiar a futura mãe a ter um parto saudável, sendo que a futura mãe fica de pé, e realiza também os movimentos das ondulações com a coluna. Estas mulheres são assim treinadas desde pequenas, através de danças muito semelhantes à Dança do Ventre.

  Estilos mais estudados:

* Dança do Ventre - Egípcia: manifestações sutis de quadril, domínio de tremidos, deslocamentos simplificados adaptados do Ballet Clássico, movimentos de braços e mãos simplificados;

* Dança do Ventre - Norte-americana: manifestações mais intensas de quadril, deslocamentos amplamente elaborados, movimentos do Jazz, utilização de véus em profusão, movimentos de mãos e braços mais bem explorados;

* Dança do Ventre - Libanesa: com shimmies mais amplos e informais, seguidos de deslocamentos muito simplificados.

 
A Dança do Ventre no Brasil sua prática revela uma tendência de copiar os detalhes de cada cultura, para fins de estudo e aumento de repertório. O estilo brasileiro tem se revelado ousado, comunicativo, bem-humorado, rico e claro no repertório de movimentos.


A dança começou a adquirir o formato atual, a partir de maio de 1798, com a invasão de Napoleão Bonaparte ao Egito, quando recebeu a alcunha Danse du Ventre pelos orientalistas que acompanhavam Napoleão. Porém, durante a ocupação francesa no Cairo, muitas dançarinas fogem para o Ocidente, pois a dança era considerada indecente, o que leva à conclusão de que conforme as manifestações políticas e religiosas de cada época, era reprimida ou cultuada: o Islamismo, o Cristianismo e conquistadores como Napoleão Bonaparte reprimiram a expressão artística da dança por ser considerada provocante e impura.

Outros Estilos

* Dança do Ventre - Espada: Sua origem é nebulosa e não necessariamente atribuída á cultura egípcia ou árabe, sendo explicada por várias lendas e suposições. O que é certo, porém, é que a bailarina que deseja dançar com a espada, precisa demonstrar calma e confiança ao equilibra-la em diversas partes do corpo; Pontos de equilíbrio mais comuns: cabeça, queixo, ombro, quadril e coxa; Também é considerado um sinal de técnica executar movimentos de solo durante a música;

* Dança do Ventre - Punhal: Variação da dança com a espada, também sem registro de uso nos países árabes. O desafio para a bailarina nesta dança não é a demonstração de técnica, mas sim a de sentimentos;

* Dança do Ventre - Véus: Apesar de muitos mitos sobre a dança com véus, sabe-se que sua origem não é tão antiga quanto se pensa, o véu foi incoporado por bailarinas norte-americanas, tendo sido, portanto, criada há pouco tempo, ao contrário das danças folclóricas. Hoje é uma dança extremamente popular, e mesmo os leigos na Dança do Ventre costumam entende-la e apreciá-la.

* Dança do Ventre - Candelabro (shamadan): Elemento original egípcio, o candelabro era utilizado no cortejo de casamento, para iluminar a passagem dos noivos e dos convidados. Dança-se, atualmente, como uma representação deste rito social, utilizando o ritmo zaffa.

* Dança do Ventre - Taças: Variação ocidental da dança com candelabro.

* Dança do Ventre - Khaligi: Dança genérica dos países do golfo pérsico. É caracterizada pelo uso de uma bata longa e fluida e por intenso uso dos cabelos. Caracteriza-se por uma atmosfera de união familiar, ou simplesmente fraterna entre as mulheres presentes. Dança-se com ritmos do golfo, principalmente o soudi.

* Dança do Ventre - Jarro: Representa o trajeto das mulheres em busca da água. Marcada também pelo equilíbrio.

* Dança do Ventre - Säidi: Dança do sul do Egito, podendo ser dançada com o bastão (no ocidente, bengala).

* Dança do Ventre - Hagallah: Originária de Marsa Matruh, na fronteira com o deserto líbio.

* Dança do Ventre - Meleah laff: representação do cotidiano portuário egípcio de Alexandria. As mulheres trajam um pano (meleah) enrolado (laff) no corpo.

As danças folclóricas normalmente retratam os costumes ou rituais de certa região de e por isso são utilizadas roupas diferentes das de dança do ventre clássica.

Tenham um bom dia
Beijos.



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quinta-feira, 2 de junho de 2011

Lendas e Mitos da dança do sete véus



 Existem muitas lendas sobre a origem da dança dos sete véus como a que diz que era uma dança executadas por sacerdotisas em rituais religiosos em templos egípcios para a deusa egípcia Isis, assim ligando a dança dos sete véus com a histótia que a Deusa Egípcia do Amor, Hathor, distrai o Deus Sol, Rá, dançando para ele a dança dos sete véus, enquanto Ísis junta os pedaços de Osíris que estão espalhados pelo mundo.
Representação Deusa Inanna
 Mas a lenda que eu mais gosto e da deusa suméria Inanna.Nesse mito, a deusa desce ao submundo para encontrar seu amado, mas para isso deve passar por sete portas em sua jornada, em cada uma das portas ela deve entregar uma jóia ou um símbolo de sua realeza para que assim, quando ela chegasse lá embaixo estaria nua e indefesa, como qualquer mortal quando passa para outra vida.

Salomé com a cabeça de João Batista
 Claro que não posso deixar de citar Salomé, mesmo não sendo minha versão favorita, mas entre mitos e lendas nada deu mais fama a dança do sete véus do que a historia de Salomé.
No evangelho em  Mateus (14, 1-11) e Marcos (6,17-28), Salomé era filha de Herodes Filipe e Herodias e sobrinha e enteada de Herodes Antipas é citada como a principal responsável pela morte de João Batista.
Nos relatos Salomé dança para o seu padrasto em uma festa no palácio, Herodes fica tão encantado que promete lhe dar o que deseja.
Herodias que não gostava de João Batista, pois ele a acusava de adultério por ter abandonado seu marido Filipe para se juntar ao seu irmão Antipas, se aproveita da situação para influenciar sua filha a pedir a cabeça de Batista, Herodes cumpre sua palavra, mesmo não querendo pois João Batista era muito popular entre o povo e ele temia revolta, mas palavra dada era honra.

Claro o que se tem de informação sobre este assunto é somente em cima dos mitos conhecidos, é impossível saber como era a dança nessa época, o que se sabe é que era uma dança sensual e sinuosa.Não temos registros confiáveis de que a Dança do Ventre, que existia na antiguidade, é da mesma forma que se apresenta hoje, o que podemos afirmar é que a dança com o véu ganhou os palcos através da bailarina Samia Gamal ( ver artigo) ao incorporar o véu para melhora de expressividade com o braços.

Tenham um bom dia
Beijos.

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quarta-feira, 1 de junho de 2011

Metodologia e Nomenclatura



 Já se é sabido que a nomenclatura que temos na Dança do Ventre é carente, muitos nomes diferentes para a mesma coisa, por muitas vezes inventado pelas próprias professoras, já vi muita coisa como: maquina de lavar, manteiguinha e por ai vai. Acredito que isto também seja um dos motivos da falta de profissionalismo que enfrentamos  na dança, creio que a sistematização com certeza fará que as aulas sejam mais bem absorvidas pelas alunas, assim no futuro teremos profissionais muito mais capacitadas.

 Mas há professoras que não pensam da mesma forma que eu, seu motivo alegado é o fato da dança do ventre ter uma grande variedade de estilos, mas daí eu pergunto – “mas as bases não são as mesmas?” – BINGO! -  estilo é uma coisa, técnica básica de movimento é outra.Uma bailarina de dança do ventre pode ter um estilo de dança completamente diferente da outra, mas seus passos são limpos, e acredito que para termos uma base limpa, devemos aprende metodologicamente, para depois que a bailarina já tiver sua base plenamente absorvida ter condições de poder criar seu estilo em cima.

Tenham uma boa semana

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