segunda-feira, 9 de abril de 2012

Dança com Snujs - Raks el Sagat

 No Egito Antigo, as bailarinas costumavam estalar os dedos para acompanhar o ritmo da música.
Este costume evoluiu com a utilização de pequenos instrumentos metálicos chamados snujs ou sagats.



Os snujs são instrumentos musicais, requerendo portanto, estudo, disciplina, bom ouvido e musicalidade para incorpora-los á dança.

São usados um par em cada mão. Um deles se prende ao dedo médio e o outro ao dedão por meio de um elástico. O elástico não deve estar muito solto para não cair, e nem muito apertado para não prender a circulação sanguínea.

O toque dos snujs deve ser sincronizado com os movimentos de braços, tronco e quadril.

Eles podem ser tocados pelos músicos, ou então pela própria bailarina enquanto dança. Neste caso, requer grande habilidade da bailarina, que deve dançar e tocar ao mesmo tempo.

É um instrumento percussivo que pode acompanhar a música toda, apenas algumas partes e/ ou os breaks (paradas) da música.

Geralmente as músicas mais indicadas são as mais aceleradas, mais animadas, com ritmos ou floreados bem marcados, e não se exige um traje específico para tocá-los.

Não é indicado tocar em taksins ou qualquer outro momento lento da música.

È preciso conhecer bastante a música e treinar bem os toques para que o som fique bom. Pois caso contrário, a música e a dança ficarão poluídas.



Mitos e curiosidades:

Egito antigo: Os som dos Snujs servia para a invocação da Deusa Bastet, a deusa gata protetora das mulheres que cuidavam de crianças pequenas, e das dançarinas. Seu culto principal dava-se na cidade de Bubast, onde um grande templo, com imagens e múmias de gato em seu louvor.Uma vez por ano, nos Festivais suas sacerdotisas entravam numa barca que descia o rio Nilo e tocavam seus snujs, cantavam, batiam palmas e queimavam incensos.
Nas margens, o povo ribeirinho era conclamado a assistir e participar no Festival da Deusa, carregando tochas, enquanto as sacerdotisas chamavam para testemunhar das dádivas da Deusa da Fecundidade, da Dança, da Reprodução, da Música, das Artes,...
Neste festival, na verdade, todas as Deusas protetoras das mulheres eram reverenciadas, sendo que Hator também era considerada divindade da música e da dança, tendo vários intrumentos musicais a representação desta deusa .

Marrocos: Ao invés de dois pares de snujs para tocar o instrumento, utiliza-se um par numa mão e um só na outra.

Grécia, a Turquia e a Índia: Apesar de não serem de origem árabe, também ostentam a cultura dos snujs.


 Dicas:
Existem snujs prateados ou dourados, lisos ou com desenhos, pequenos, médios ou grandes. A escolha depende da preferência de cada um, bem como da habilidade, pois os snujs maiores requerem mais treino. O tamanho ideal para bailarinas são os de tamanho médio.


Com o tempo os snujs podem escurecer ou ficar esverdeados e para voltar à sua cor original, pode-se usar alguns produtos que são vendidos em casas especializadas de instrumentos.


São necessários alguns cuidados com o armazenamento para prolongar a qualidade do som e a aparência dos snujs. Por isso é importante não guardá-los úmidos e deixá-los envolto em algum tecido.


O bom som produzido pelo snuj acontece quando se toca um no outro e logo em seguida o som ainda continua reverberando no ar. Ou seja, quanto mais o som se estender no ar, melhor é a qualidade do snuj. 

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