quarta-feira, 30 de abril de 2014

Dicionário de figurino ATS (American Tribal Style)

Não temos como negar a beleza do ATS, tanto em sua improvisação coordenada, como em suas roupas e maquiagem.

Segue abaixo um  pequeno dicionário de figurino ATS (American Tribal Style), assim adentrando um pouco nessa arte tão parecida, mas ao mesmo tempo tão diferente da Dança do Ventre. 

Cholis e bustiê

Choli


Este tipo de blusa é utilizada pelas mulheres indianas e paquistanesas como complemento do sári. É feito tradicionalmente com um pedaço de tecido exedente que vem junto ao sari quando adquirido no comércio. A modelagem é bem ajustada, com mangas curtas e decote raso.
O modelo de choli utilizado para dança tribal foi adaptado para tecidos com boa elasticidade, para facilitar os movimentos durante a performance. Existem diversos modelos no mercado com variações nas mangas (curta, média, longa, vazada, etc.) tecidos (veludo, lycra, cotton, malhas-fantasia), decotes (princesa, em v, em U) e cores.
O choli é considerado elemento base da vestimenta do ATS, assim como as calças bufantes.

Bustiê


O Bustiê decorado da dança tribal descende do hábitos dos povos nômades do oriente de carregar consigo os seus pertences mais valiosos durante as suas viagens. O dinheiro era costurado nas roupas para evitar o roubo e para ostentar a riqueza do dote das mulheres. O bustiê de moedas é utilizado na vestimenta tradicional de dança do ventre assim como o indefectível xale de moedas (presente em figurinos de várias danças folclóricas). A peça normalmente é bordada com moedas antigas furadas (ou soldadas com virolas metálicas), botões de latão, retalhos de tecidos nobres e brocados e toda a sorte de elementos metálicos simbólicos (pequenos pingentes, medalhas, correntes, espelhos e berloques) dando um aspecto pesado e opulento.


Turbantes e Headpieces

Turbantes

"O turbante (do persa
دلبنت dulband, em turco tülbent) consiste em uma grande tira de pano de até 45 metros de comprimento enrolada sobre a cabeça, e de uso muito comum no Oriente Médio, principalmente entre os muçulmanos.A origem do turbante é desconhecida, mas sabe-se que já era usado no Oriente muito antes do surgimento do islamismo.

Os turbantes também são usados pelas mulheres ocidentais, como um acessório de moda. Na década de 1960 eles foram bem populares, mas não eram amarrados da mesma forma que os dos homens, presos à frente da cabeça. Usando longos lenços, elas primeiro amarravam as pontas à frente da cabeça e, a seguir, passando as pontas pela testa, as prendiam na nuca." Fonte - wikipédia

No estilo tribal o uso do turbante foi difundido por Masha Archer e Carolena Nericcio. As funções principais do turbante são: criar um look exótico que contraste com o seu visual do dia-a-dia; criar uma base para mais cores e ornamentos, fazendo o visual geral mais rico e opulento e unificar as bailarinas num look que não distingue idade nem detalhes da aparência entre o grupo.
O turbante também é muito útil para o amortecimento e no equilíbrio de acessórios como espadas, cestos e potes, que no início do estilo eram frequentemente utilizados nas performances. Hoje em dia o turbante não é muito utilizados pelos grupos de improvisação coordenada, porém é um acessório extremamente característico do estilo.


Headpieces



Headpiece é uma palavra em inglês que pode ser traduzida como acessórios de cabeça, diadema, tiara ou coroa. O headpiece na verdade é uma série de acessórios e adornos que são usados na cabeça (que podem ser presos a uma fita ou dispostos em camadas diretamente sobre os cabelos) que compõem o look tribal.
O headpiece é muito popular entre as dancarinas de fusão tribal (tribal fusion) justamente por oferecer um visual mais leve que o turbante. Porém de acordo com o gosto pessoal de cada um o headpiece (ou simplesmente "a cabeça tribal")pode ser tão ornamentada quanto o turbante ou quem sabe até mais!
Peças que compõem o headpiece normalmente são tiras de tecido brocado ou com aplicações de metais (botões, partes de colares ou tornozeleiras, pulseiras e até brincos!), palitos de cabelo, fivelas, prendedores de diversos materiais, flores artificiais ou naturais, e o que mais a imaginação mandar! Até pequenos casquetes (mini-chapéus decorativos) podem compor o headpiece.
O uso de headpieces no ATS e ITS se tornou popular em diversos grupos, que além de cultuar a estética oriental pseudo-folclórica também queriam inovar nas escolhas musicais (usando musicas pop e contemporâneas em vez das tradicionais orientais) e nos acessórios de figurino, criando maior familiaridade com a audiência e com possíveis novos praticantes.


Calças, saias e cinturões

Calças


Pantalonas, saruels, ou simplesmente calças harém são sinônimo da calça usada pelas dançarinas para ser a base do figurino de ATS. A sua função é resguardar a intimidade da bailarina durante os giros (quando a saia rodada sobe) e fazer referência a culturas milenares que a utilizavam como roupa de baixo. Não existe uma fonte de referência exata da cultura que inspirou o seu uso, afinal a calça bufante é utilizada por diversos povos atravéz do globo, tanto por homens quanto por mulheres e crianças; como roupa de baixo ou como principal. A calça normalmente é feita de algum tecido leve e com um bom caimento, e com cores contrastante à da saia de cima, justamente para criar um "elemento surpresa" nos giros e viradas rápidas, ou como complemento à combinação de cores dos acessórios.


Saias



As saias utilizadas no ATS são extremamente rodadas. O menor diâmetro de baínha usado é a de 9 jardas (aproximadamente 8 metros) e o maior é a de 25 jardas (23 metros). O modelo mais tradicional lembra bastante a saia cigana Boho e é feito em camadas franzidas de tecido leve e natural (não se utiliza tecidos brilhosos ou sintéticos, a estética deve ser tradicional até na textura dos tecidos) e pode ser em cores sólidas ou estampadas. As saias utilizadas na dança cigana e espanhola com grandes florais podem ser usadas assim como as saias indianas de estampa de jaipur (um tipo de tye-dye com pequenos pontos coloridos amarrados um a um manualmente)ou as de petit-pois. Outras saias como as coloridas banjaras indianas podem ser usadas apesar de serem mais justas, porém normalmente estas são transformadas para serem usadas como "capas" das grandes saias franzidas.


Cinturões



Os cinturões tanto na dança tribal como na dança do ventre tem uma função inicial básica: dar destaque aos movimentos do quadril. No ATS não poderia ser diferente, os cinturões normalmente são largos, coloridos, brilhosos e ricamente decorados. Faixas bordadas com espelhos, missangas e moedas importadas das índia ou paquistão são bastante populares. Estas faixas são bases para montagens com pompons de lã, correntes franjas e painéis texteis. Para arrematar, xales coloridos e bordados completam o visual. Os cinturões podem ser substituídos por xales de moedas egípcios, cordas de mozunas, ou cintos de couro com aplicações de metais. O que vale é destacar a linha do quadril e sobrepor de maneira elegante as diferentes peças étnicas.




Fonte: http://atseits.blogspot.com.br/

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quarta-feira, 23 de abril de 2014

Como fazer Véus Duplos

 O tecido ideal seria mousseline, ou algum outro tecido flexível ( não elástico) que não encolha e que não seja muito pesado, ou seja, escolha um tecido maleável para dançar.
Não é recomendado o uso de seda, pois ela se enrola muito facilmente e prende muito fácil de forma indesejada.

No caso abaixo foi escolhido tecidos com cores diferentes.

Material:
- 2,5 m do tecido de sua escolha cor 1
- 2,5 m do tecido de sua escolha cor 2
- 14 m de fita decorada para as bordas



Dobra-se o tecido ao meio ( no sentido do comprimento), com uma fita métrica postada no canto superior da parte onde foi feita a dobra do tecido, desenha-se um semi-circulo de 1m20.



Depois de marcado, é só cortar! apos ambos véus cortados, sobreponha-os para verificar se não precisam de alguns ajustes, caso necessário corte os excessos .



Para arremate você utiliza a fita de sua escolha de forma que ela cubra ambos os lados do tecido. Então dobre-a e costure a mão ou na maquina.


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terça-feira, 22 de abril de 2014

Dança Shaabi (Sha’bi)


Popular, do povo
Este é o Shaabi, a musica que carrega a voz da rua, a autenticidade do povo em seus sentimentos, brincadeiras e em seu humor. Vindos da classe urbana do cairo, esta dança solta e descontraída trás as raízes da dança egípcia de forma leve e descontraída, sem influencias de outras danças. A origem literal da palavra Shaabi (Sha’bi) em árabe egípcio é “das pessoas comuns”. Este estilo de musica é muito tocada em festas e casamentos.

O primeiro cantor conhecido de Shaabi foi Ahmed Adaweya, que trazia em suas letras protestos a várias injustiças sociais. A como já dito, a musica Shaabi é o som das pessoas da classe trabalhadora, acredita-se que muitas destas pessoas vindas do campo  trouxeram seus sons baladis com eles para as cidades, assim combinaram a música folclórica egípcia e instrumentos tradicionais com o clássico urbano. O shaabi geralmente apresenta o Mawal, improvisação cantada introdutória á musica, não seguindo nenhum ritmo, mas geralmente acompanhado pelo Nai, Acordeão ou Saxofone. A música shaabi não é muito rica se comparada ao estilo clássico egípcio cantado por Oum Koulsoum ou Abdel Halim Hafez, mas é agradável e prazerosa, muito apropriada para a dança.

Originalmente no Shaabi se usava galabia, hoje me dia, com as regras de palco e show mudadas, pode-se também dançar Shaabi usando duas peças como figurino, mas sempre lembrando, como em toda dança folclórica, o interessante é retratar a dança como ela realmente nasceu. O Figurino ajuda na caracterização da dança como um todo.


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