domingo, 29 de julho de 2012

A dança com taças




A dança com taças é uma variação da dança com o candelabro que é de origem egípcia, essa dança é utilizada em ocasiões especiais como casamentos, aniversários e nascimentos. A bailarina precede a comitiva abrindo e iluminando o caminho, para que os homenageados tenham prosperidade e vida longa.

Inicialmente as velas ficavam em uma armação metálica com formato de uma grande saia e na cabeça a dançarina levava um jarro de água, mostrando uma habilidade surpreendente. Posteriormente os candelabros foram adaptados e utilizados nas cabeças das dançarinas constituindo a versão atual. As taças têm o mesmo propósito do candelabro mas a dança com taças tem mais apelo cênico, pois possibilita uma maior mobilidade da bailarina. Tem um ar de mistério, pois é dançado na penumbra somente com a luz das velas e como, geralmente, é dançado com músicas lentas os movimentos são suaves como ondulações, redondos, movimentos de chão e batidas leves.


Nessa dança a bailarina deve mostrar delicadeza e habilidade no manejo das taças, que desenham formas no ar, iluminando e escondendo seu corpo no movimentar das mãos/punho e das chamas das velas. O trabalho de braços é muito valorizado.

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A dança do punhal





A dança do punhal tem sua origem a Turquia, mas precisamente os ciganos. Em 1700 e 1800, as mulheres russas e italianas eram raptadas pelos ciganos por serem mulheres muito vistosas e bonitas, e por isso eram disputadas pelos homens para que posteriormente fossem desposadas pelos mesmos. E depois de cada disputa o punhal era enterrado na terra para descarregar as energias negativas de quem o empunhasse. As ciganas usavam esse ritual para disputar os seus pretendentes, o punhal indicava a disponibilidade da dançarina perante o homem desejado. Cada gesto usado com o punhal tem uma simbologia própria. 

Esta dança trabalha o espírito da luta pessoal e a aceitação dos desafios que a vida nos oferece. Quase nada se sabe sobre sua origem, mas alguns acreditam que, para os egípcios, era uma homenagem à Deusa Selkis, que simbolizava a morte e a transformação.
Numa outra versão, essa dança era realizada pela odalisca predileta dos Sultão. Para mostrar seu poder às outras mulheres do Harém, ela tomava do Sultão seu punhal e dançava diante de todos. Com isso, ficava provado que ele tinha total confiança nela.



Coreograficamente esta dança tem a teatralidade muito presente, se tratando da versão mais ancetral das mulheres da Turquia, a coreografia deve ser fiel ao contexto que se seguia: mulheres aprisionadas, sequestradas, lutando por sua liberdade, sua integridade física ou algo mais contemporâneo, obedecendo o sentimento da bailarina, a sua interpretação, o Punhal como acessório, contundente, ao que ela quer demosntrar.

Simbologia usada em cena:

- Punhal com a ponta para fora da mão: a bailarina está livre; com a ponta para dentro, está comprometida
- Punhal no peito: demonstração de amor
- Punhal no meio dos seios com a ponta enfiada no decote: sedução
- Punhal na testa com a ponta para baixo: magia
- Punhal na horizontal da testa: assassino
- Punhal nos dentes: desafio
- Punhal na cintura: sedução
- Equilibrar o punhal no ventre: destreza
- Bater o punhal na bainha: chamado para dança
- Punhal entre as mãos, sinuoso: homenagem a alguém da platéia


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Zaar - A dança da cura





É uma dança de êxtase, praticada no norte da África e no Oriente Médio, não aceita pelo Islamismo. Ele é melhor descrito como sendo uma "cerimônia de cura", na qual utiliza-se percussão e dança. Seu ritmo é o Ayubi. Funciona também como uma forma de compartilhar conhecimento e solidariedade entre as mulheres destas culturas patriarcais.

No Zaar, a maior parte dos líderes e dos participantes são mulheres. Isto não significa que os homens não participem das cerimônias Zaar; ele podem ajudar na percussão, no sacrifício de animais, ou fazer as oferendas.

Dessa forma, o Zaar, como ritual, é algo bem diferente daquele praticado para a dança do ventre, pois carrega uma simbologia e uma religiosidade fortíssima, que não deve ser menosprezada. Por causa dessa forte ligação com a magia, o ritual Zaar é proibido nos países islâmicos, o que não impede a sua realização em meios privados, uma vez que é uma tradição familiar (passada de mãe para filha), e que muitos acreditam ser necessária para a cura de enfermidades.

Na dança do ventre, o estilo Zaar aparece na utilização dos passos usados para as mulheres entrarem em transe( giros de corpo, tronco, cabeça...). Neste caso não há teor religioso, apenas se marca o ritmo Ayoubi com o estilo Zaar, sem a intenção ritualística: a dançarina joga a cabeça pros lados e a gira, podendo também usar movimentos pélvicos e de braços.

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Raks Shamadan - A dança do Candelabro





Dançado em comemorações como aniversários, nascimentos, batismos ou casamentos. Os Candelabros ajustam-se à cabeça da bailarina, geralmente com um véu embaixo e é dançado com música lenta. As Taças são seguradas pelas mãos que realizam movimentos lentos e alongados.
Existem algumas teorias, uma versão que conta que era costume no antigo Egito obrigarem as escravas a colocarem várias lamparinas acesas numa armação de metal sobre suas cabeça e circularem nas festas de forma a iluminar o ambiente, uma vez que a maioria das festas eram realizadas à noite e não existia energia elétrica naquela época. Desta forma os faraós poderiam deslocar a luz da forma que desejassem. Algumas destas escravas eram acrobatas e bailarinas, daí terem começado a dançar com este objeto em suas cabeças. Outra teoria conta que as sacerdotisas da lua dançavam com velas sobre a cabeça para se purifica e purifica o ambiente, assim limpando as energias negativas.

É mais comum vermos ainda hoje o Raks Shamadan sendo utilizado em casamentos. Quando esse costume ganhou as ruas egípcias ainda não havia energia elétrica e o shamadan era um prato na cabeça com um castiçal em cima, com o tempo foi se aperfeiçoando e hoje encontramos candelabros confeccionados em metal com hastes para colocar as velas. O cortejo no casamento egípcio chama-se zeffa que significa procissão com ruído, cortejo alegre e normalmente realizado à noite onde os dançarinos, músicos, cantores e membros da família percorrem o bairro até chegarem na casa dos noivos ou na recepção de salas ou hotéis como acontece atualmente. Em muitos países árabes ainda se pode assistir a esta tradição. 


O Raks Shamadan tem o simbolismo de celebrar a vida e a união entre as pessoas. Em um casamento, por exemplo, a dançarina e suas velas simbolizam a luz que irá iluminar o caminho do novo casal, pode-se ver bailarina colocar a mão sobre o ventre da noiva, uma forma de lhe desejar fertilidade no futuro. Nas festas de aniversário, o homenageado costuma apagar as velas do candelabro no final da apresentação da bailarina, pois dizem que traz sorte se assim for feito. 


Tradicionalmente é dançado com um vestido longo que cobre o ventre. Pode-se usar um tecido para cobrir a cabeça, esse tecido proteje seus cabelos da cera das velas. Não há um ritmo específico, mas recomenda-se o zaff e o malfuf.

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sexta-feira, 27 de julho de 2012

O que são as Danças Folclóricas?



Danças Folclóricas


 Danças típicas de diversas regiões do mundo árabe, nasceram no seio das manifestações sociais e culturais, e remetem a tradições, conhecimentos, ou crenças populares. Existem três tipos de danças dentro da categoria danças folclóricas árabes;


- Danças Folclóricas: são danças típicas de determinada região, e são realizadas dentro de uma comunidade, são de conhecimento popular. Possuem ritmo, músicas, movimentos e trajes próprios, permitindo pouca ou nenhuma incorporação de elementos novos, para não descaracterizar a dança. Exemplos: Khaleege e Dabke.

- Danças Folclóricas Rituais: são danças de carater religioso e espiritual, fazem parte da ritualistica de determinada religião ou crença. Por isso, tambem permitem pouca ou nenhuma incorporação de elementos novos. Exemplos: Guedra e Zaar.

- Danças Folclóricas Teatrais: não são danças típicas realizadas dentro de uma comunidade, trata-se de danças teatrais, que retratam situações do cotidiano antigo, como o ato de buscar água atravessando regiões desérticas. Por ser uma dança "inspirada no cotidiano antigo", permiti-se adicionar elementos novos a ela, desde que esses elementos remetam à cultura em que esta se "insere". Exemplos: Meleah Laff e Dança com jarro.



Nas próximas postagens irá ser especificado a essência de cada dança folcórica.

Beijos e uma boa semana.

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