domingo, 29 de julho de 2012

Raks Shamadan - A dança do Candelabro





Dançado em comemorações como aniversários, nascimentos, batismos ou casamentos. Os Candelabros ajustam-se à cabeça da bailarina, geralmente com um véu embaixo e é dançado com música lenta. As Taças são seguradas pelas mãos que realizam movimentos lentos e alongados.
Existem algumas teorias, uma versão que conta que era costume no antigo Egito obrigarem as escravas a colocarem várias lamparinas acesas numa armação de metal sobre suas cabeça e circularem nas festas de forma a iluminar o ambiente, uma vez que a maioria das festas eram realizadas à noite e não existia energia elétrica naquela época. Desta forma os faraós poderiam deslocar a luz da forma que desejassem. Algumas destas escravas eram acrobatas e bailarinas, daí terem começado a dançar com este objeto em suas cabeças. Outra teoria conta que as sacerdotisas da lua dançavam com velas sobre a cabeça para se purifica e purifica o ambiente, assim limpando as energias negativas.

É mais comum vermos ainda hoje o Raks Shamadan sendo utilizado em casamentos. Quando esse costume ganhou as ruas egípcias ainda não havia energia elétrica e o shamadan era um prato na cabeça com um castiçal em cima, com o tempo foi se aperfeiçoando e hoje encontramos candelabros confeccionados em metal com hastes para colocar as velas. O cortejo no casamento egípcio chama-se zeffa que significa procissão com ruído, cortejo alegre e normalmente realizado à noite onde os dançarinos, músicos, cantores e membros da família percorrem o bairro até chegarem na casa dos noivos ou na recepção de salas ou hotéis como acontece atualmente. Em muitos países árabes ainda se pode assistir a esta tradição. 


O Raks Shamadan tem o simbolismo de celebrar a vida e a união entre as pessoas. Em um casamento, por exemplo, a dançarina e suas velas simbolizam a luz que irá iluminar o caminho do novo casal, pode-se ver bailarina colocar a mão sobre o ventre da noiva, uma forma de lhe desejar fertilidade no futuro. Nas festas de aniversário, o homenageado costuma apagar as velas do candelabro no final da apresentação da bailarina, pois dizem que traz sorte se assim for feito. 


Tradicionalmente é dançado com um vestido longo que cobre o ventre. Pode-se usar um tecido para cobrir a cabeça, esse tecido proteje seus cabelos da cera das velas. Não há um ritmo específico, mas recomenda-se o zaff e o malfuf.

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