A história do Raks el Daff
Á milhares de anos, os habitantes do mundo mediterrâneo
adoravam várias formas de uma Grande Deusa criadora. No centro crença sempre
esteve a percussão, especialmente o pandeiro. Com ele, a Deusa regulava a dança
rítmica do Cosmo – a sucessão das estações do ano, os ciclos da lua, o
crescimento e amadurecimento dos grãos, as vidas das pessoas.
Fontes antigas mostram que o pandeiro era um poderoso símbolo de
presença espiritual. Estudos atuais sobre o funcionamento do cérebro sugerem
que a percussão é capaz de alterar nosso estado de consciência, fato que ja era
sábido a milheres de anos pelas sacerdotisas que se guiavam através das batidas
do pandeiro, alteravam voluntariamente seu estado de consciência, viajando pelo
céu, pela Terra e pelo mundo subterrâneo. Com o surgimento do patriarcado foi
proibido a utilização ritualistica do pandeiro, sendo assim utilizado como
objeto do folclore.
Raks el Daff Atualmente
O pandeiro Árabe é
conhecido como Daff, no Líbano e Riq era chamado no Egito.
O Daff é um instrumento musical árabe muito parecido com o
nosso pandeiro, ele possui um som semelhante também. É utilizado pelas
bailarinas de dança do ventre, em apresentações para fazer um
acompanhamento do ritmo tocado.
As músicas e a dança com este instrumento geralmente são muito
alegres e festivas, devido a essa felicidade e festividade, alguns
dizem que a dança com o pandeiro representa a boa colheita de frutas.
Geralmente usam-se ritmos mais rápidos, nos quais
acompanham-se as batidas da percussão, como por exemplo no said, malfuf e
falahi.
Nas apresentações, é comum fazer marcações com ele em batidas
fortes, podendo marcar o ritmo nas mãos, ombros, quadril, joelhos por
exemplo.
Como ele é feito?
O pandeiro é um arco circular feito de pele esticada, que
pode ser de animal, peixe e até mesmo sintética. Na sua armação, há 5
pares de címbalos duplos de metal (como os snujs) que, ao mexer no
pandeiro, que emitem o som característico deste instrumento.
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