segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Khaleege - Raks El Nacha'at




O Khaleege ou Khalije (pronunciem “ralíje”)  que em árabe significa “Golfo”, Também é conhecida como Raks El Nacha'at. É uma dança típica do Golfo Pérsico e toda aquela região da Península Arábica (Arábia Saudita, Iêmen, Omã, Emirados Árabes, Qatar e Bahrein) envolvendo também o Irã, Iraque e o Kuwait .
Aqui no Brasil nós conhecemos apenas uma versão do Khaleege: a feminina. Neste folclore, os homens também dançam, mas separados das mulheres, geralmente nem dançam sequer no mesmo espaço. Apesar de ambos serem Khaleege, as características mudam para cada gênero, o que vamos explicar aqui.


Khaleege Feminino

Para falar de Khaleege, esqueçamos tudo o que sabemos sobre a Dança do Ventre em questão de técnica. A começar pela vestimenta. Usa-se uma “Tobe al Nashar” ou Longa Túnica, sempre colorida e  ricamente bordada, esta túnica ainda pode ser usada para compor os passos, ao segurá-la nos giros e nos deslocamentos. Os cabelos longos são fundamentais para compor este visual, devem vir soltos, podendo usar arcos para enfeitá-los. A quantidade de bordados e o que usar por baixo varia de acordo com a região onde o Khaleege é dançado.


  • No Khaleege iraquiano se originaram os movimentos das mãos batendo no corpo, o costume de ajustar a bata ao corpo para enfatizar os movimentos do quadril. As mulheres costumavam pintar com henna as mãos, o queixo, a testa e os olhos, e usavam enfeites de ouro do nariz até a testa;
  • No Khaleege tribal, também chamado de  khaleege do Golfo Pérsico, é costume usar calças largas ou um vestido por baixo. As bailarinas que preferirem, também podem usar a roupa de dança do ventre mesmo, por baixo da bata, que é um costume bastante comum. Nestes dois estilos de Khaleege, usam-se muito os ombros, as mãos e a cabeça, com atenção especial para a movimentação dos cabelos para fazer um charme, tocando a testa com o pulso nos dois lados da mão (em forma de concha), no peito (podemos colocar uma das mãos no peito quando jogar o cabelo) e bater delicadamente os pulsos.
  • Estilo Maghreb, por baixo da bata usam-se calças e lenços de quadril. Os bordados da bata neste estilo não são tão ricos quanto nos outros dois, e a ênfase é no quadril e os movimentos de cabeça nem são usados.
Em qualquer estilo os pés sempre seguem um movimento igual, que é como se a bailarina estivesse “mancando” acompanhando os “duns” da música com essa marcação, sempre arrastando o pé de apoio. É muito importante a expressão da bailarina, sempre dando a entender que é tímida sem chegar a ser ingênua, o mais feminina possível, as mãos delicadas, apesar de não se usar aquela mão clássica.  Era originalmente dançada em círculos.
O ritmo utilizado para esta dança é o Soudi também chamado de Khaleege, caracterizado pelo “Dum-Dum-Ták” um pouco mais lento, sempre uniforme, cadenciado. É um ritmo 2/4 e os mais fortes são os duns, sempre, e marcando com o pé.


Khaleege Masculino


Este folclore é uma dança beduína, os passos basicamente são a famosa “ginga” e um quê de malabarismo. Os homens dançam com o bastão ou com um rifle (Yoolah), o primeiro serve como uma espécie de apoio, para balançarem para frente e para trás em fila, também movimentando-o de forma semelhante ao Saidi (segurando com os braços para cima e o apoiando no ombro) e o segundo o giram sem parar, o jogando para cima e também usando como apoio. Os homens, além disso, dão uns saltinhos – tímidos – para acompanhar o acento do ritmo, semelhante ao das mulheres.
A roupa deste folclore é a roupa tradicional dos árabes do Golfo Pérsico. Isto é, muitos deles não usam só essa roupa para dançar, mas na sua vida cotidiana também.

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