quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Dança do Bastão ou Bengala – Raks El Assaya




Saidi é uma região entre Gizé e Edfu no Alto Egito, essa região dá nome ao estilo de dança folclórica com bastão e ao ritmo.
A dança com bastão é originalmente masculina e conhecida como Tahtib, esta é uma dança masculina, onde os homens se enfeitavam como pavões e simulavam uma luta entre si, usando esta dança para mostrar sua força e postura e desviavam dos golpes de acordo com o ritmo da música
 A bengala era utilizada por pastores, e quando eles tinham que ir para a guerra deixavam a missão pastoril para suas mulheres e filhos. Quando retornavam das batalhas notavam que o número de ovelhas aumentava e eram bem saudáveis, então os homens da tribo injuriados demonstravam com a bengala sua destreza com as mãos. Eles dançavam nas festas utilizando a bengala com movimentos bem másculos que mais pareciam uma luta que uma dança.
Segundo comentam estudiosos, o tahtib já estava presente desde a época dos faraós, algo que seria comprovado por figuras nos templos que se assemelham a esse tipo de dança.


As mulheres começaram a dançar de brincadeira nas festas apenas para satirizar os homens, mas esta dança folclórica acabou sendo introduzida nos grande espetáculos de dança do ventre pelo coreógrafo Mahmound Redá. Costuma-se chamar esta dança feminina de Raks El Assaya (Dança da Bengala)
Na dança feminina a força é sublime e a graça é essencial. O bastão ou bengala é usado para emolduras os movimentos e gestos adotados para este ritmo da dança. Ela pode até simular uma luta, só que com muita graciosidade .
Para dançar com o bastão não é qualquer ritmo, o usado é o Said ou Maalub el Balady, nome originário de El Saaid, no Alto Egito. É um ritmo 4/4 e possui muitas variações. As músicas desta dança seguem uma linha egípcia, alegre e com batidas específicas.
A roupa típica utilizada na dança da bengala é um vestido fechado, o qual o ventre da dançarina fica coberto, podendo ser justo ou mais folgado, preso pôr um cinturão e bem folgado para a liberdade de movimentos que a própria dança exige, com aberturas laterais, medalhões, chalés, lenços na cabeça e moedas. Usa-se vestido nesta dança para lembrar as esposas dos pastores, os quais, tangiam rebanhos com bastões e ao final do dia, já nas aldeia ou oásis, em volta das fogueiras, dançavam alegremente com suas mulheres.
Os movimentos mais usados com bastão são giros verticais, horizontais e transversais, sempre em harmonia com o trabalho dos quadris, busto e cabeça, requebrando habilidade e jogo de corpo da bailarina. São utilizados nesta dança muitos passos saltados e movimentos de ombros.

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